quinta-feira, 13 de setembro de 2012

- Decisão -

DECISÃO



"Quanto amo a tua lei!
É a minha meditação, todo o dia!
Os teus mandamentos me fazem
mais sábio que os meus inimigos;
porque, aqueles, eu os tenho sempre comigo.
Compreendo mais que todos os meus mestres,
por que medito nos teus testemunho.
Sou mais prudente que os idosos,
porque guardo os teus preceitos.
Lâmpada para os meus pés é a tua palavrae luz para os meus caminhos"

Essas palavras encontradas em Salmos 119:97-100;105 nos encorajam a buscar o conhecimento e a sabedoria da Palavra de Deus. Torna-se muito mais fácil tomar decisões quando conhecemos os preceitos do Senhor, embora, para isso, precisamos estar dispostos a sermos obedientes a Deus, em detrimento da nossa vontade e dos nossos desejos, e de oportunidades que, aos nossos olhos, parecem ser vantajosas e imperdíveis.
Bom é comprovar os resultados de uma decisão certa e poder experimentar o quanto isso fortalece a nossa fé e a nossa confiança no Senhor.
  Em que você costuma se basear para tomar decisões?

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

- A Revelação por meio dos nomes divinos -


Os nomes e epítetos Eloím e Iavé já foram apresentados em discussões ante­riores a respeito de Deus como Criador e daremos novamente atenção a eles no desenvolvimento da narrativa de sua conduta com a humanidade e, em especial, com Israel. Por isso, a consideração subseqüente dos nomes divinos trata apenas de alguns nomes menos conhecidos e que ocorrem menos.
Abraão, um ano antes do nascimento de seu filho Isaque, desanimado com a espera para ter um filho da aliança, foi visitado pelo Senhor que lhe disse: "Eu sou o Deus todo-poderoso; ande segundo a minha vontade e seja íntegro. Esta­belecerei a minha aliança entre mim e você e multiplicarei muitíssimo a sua descendência" (Gn 17.1,2). Essa é a primeira ocorrência de uma auto-designaçäo por meio da qual Deus revelou algo de seu caráter. Os outros nomes encontrados até aqui — Eloím (Deus) e Iavé (o Senhor) — são apenas declara­dos no texto e nunca são pronunciados pelo Senhor em algum sentido revela­dor. Conforme acabamos de mencionar, esses nomes receberão o tratamento devido em outros cenários mais reveladores. Como para o nome com o qual Hagar descreveu Deus no deserto; o nome usado, embora fecundo do ponto de vista teológico, foi a reação dela mesma ao que viu e àquele que ministrou para ela em seu momento de necessidade. Assim, ela chamou-o, pelo menos, de forma indireta de El Lahai Roi, "aquele que vive e vê" (Gn 16.14).
El Shaddai traduzido em Gênesis 17.1 por "Deus todo-poderoso", tem etimologia dúbia, mas pelo uso transmite a idéia daquele todo abundante que se aproxima em momentos de especial urgência e, por meio de seu poder, satisfaz a necessidade do homem. O nome, em sua primeira ocorrência, está associado com a bênção da aliança, particularmente na multiplicação da descendência (cf. Gn 12.2; 15.5). Isaque, invocando o nome El Shaddai, reiterou a bênção para seu filho Jacó para que este fosse "prolifero e muitipli[casse] os seus descendentes" (Gn 28.3). Depois do retorno de Jacó de Padã-Arã, Deus mesmo apareceu-lhe, identificando-se como El Shaddai, e prometeu: "De você procederão uma nação e uma comunidade de nações, e reis estarão entre os seus descendentes" (Gn 35.11). No fim, Jacó, em seu leito de morte, abençoou os filhos de José, Efraim e Manasses, desejando-lhes as mesmas coisas que El Shaddai prometera para ele (Gn 48.3,4; cf 49.25). O tema usual que permeia o uso do epíteto El Shaddai é mais evidente, é nesse nome e por meio desse nome que o Senhor abençoará seu povo Israel nas eras por vir.
Êxodo 6.2-5 é uma passagem crucial para o uso do nome El Shaddai vis-à-vis com a designação mais comum de Deus de Iavé (SENHOR). Na véspera da apresentação de Moisés diante do faraó, Deus disse-lhe: "Eu sou o SENHOR. Apareci a Abraão, a Isaque e a Jacó como o Deus todo-poderoso, mas pelo meu nome, o SENHOR, não me revelei a eles" (w. 2,3). Afora as questões críticas, permanece o enigma da sugestão de Deus de que não se dera a conhecer como Iavé quando, na verdade, há inúmeras ocorrências desse nome nas narrativas dos patriarcas e até mesmo nos lábios dos próprios patriarcas. Na verdade, Gênesis 4.26 afirma explicitamente: "Nessa época [antes do dilúvio] começou-se a invocar o nome do SENHOR [ou seja, Iavé]".
A solução teológica mais satisfatória é que Deus jamais invocou seu nome Iavé enquanto fazia as promessas da aliança para os patriarcas, embora esse nome ocorra regularmente em contextos de aliança (por exemplo, 12.1; 15.1; 22.15).
Ele, antes, revelou-se como El Shaddai nessas situações. Agora, algo novo e muito importante está para acontecer na vida de Israel sob o comando de Moisés. Imediatamente, a questão deixou de ser terras, bens e descendência, mas a do êxodo redentor e da antecipação de uma aliança na qual Israel se empenharia em devotamento ao grande Rei, e nome Iavé capta melhor todas essas coisas envolvidas na aliança. El Shaddai, agora, daria lugar a Iavé como o nome pelo qual Deus dirigia o curso da história sagrada.
A revelação subseqüente deixa isso claro. A ocorrência do epíteto El Shaddai (ou apenas Shaddai) quase sempre é em textos poéticos e como paralelo a Iavé ou Eloím (por exemplo, Nm 24.4,16; Jo 5.17; 6.4,14; 8.3,5; 11.7; 13.3;passim em Jó; Sl 91.1; Is 13.6). Os outros usos carregam pouca ou nenhuma relevância teológica especial (Rt 1.20,21; Sl 68.14; Ez 1.24; 10.5; Jl 1.15).

Fonte: Eugene Merrill – Teologia do Antigo Testamento.

- Efesios 5.1,2 -


Leve a alegria, o amor de Deus onde a luz ainda não alcança. Seja uma oferta de amor, um sacrifício a Deus, com o seu coração, pra que tudo suba a Deus como um aroma agradável a Ele.

Que Deus abençoe sua semana, abraços!

sábado, 1 de setembro de 2012

- A Revelação por meio da sorte -



A discussão da revelação no Antigo Testamento ficaria incompleta sem dar­mos alguma atenção aos artifícios manipuláveis, como o tirar a sorte e a catego­ria especial delas, o sacerdotal Urim e Tumim. Conforme observamos acima, era absolutamente proibido valer-se de técnicas típicas de divinização e de en­cantamento do Oriente Próximo da Antigüidade. Contudo, o lançar de sorte como meio de decisão divinamente sancionado não só era permitido sob deter­minadas circunstâncias, mas, na verdade, ordenado. A informação produzida por esse meio, embora não fosse verbal no sentido estrito, fornecia acesso à mente do Senhor em resposta a perguntas verbais.
A sorte (hebraico, gôrãl) foi empregada quase que exclusivamente para a divisão da terra entre as tribos e clãs de Israel depois da conquista e da distri­buição das designações levíticas e sacerdotais no tabernáculo e no templo. Nú­meros 26 é a primeira passagem a atestar o uso da sorte, passagem em que a questão era a partilha equitativa da terra prometida. A terra devia ser distribuída de acordo com a população dos clãs (vv. 53,54), mas as partes da herança tribal na qual eles poderiam se estabelecer seria determinada pela sorte (w. 55,56). A natureza desses artifícios e como eles eram empregados não podem mais ser conhecidos, mas é provável que fossem semelhantes aos dados usados nos tem­pos modernos.
Uma vez concluída a conquista, a sorte foi lançada conforme Moisés estipu­lara, e as várias entidades receberam sua herança de direito (Js 14.1,2; 15.1; 16.1; 17.1,14,17; etc). Os levitas eram um caso especial, desde que eles não tinham uma cota geográfica, mas apenas determinadas cidades em que deviam ministrar para os povos circunvizinhos. Mas essas cidades, como a distribuição das tribos e dos clãs, também eram determinadas pela sorte. Assim, os coatitas (Nm 21.11-26), os gersonitas (w. 27-33) e os meraritas (w. 34-40) ocuparam 48 cidades em toda a terra, conforme o Senhor deixou claro para eles por meio do lançamento da sorte.
Davi, uma vez que construiu sua casa de adoração no monte Sião e instalou a arca lá, encarregou-se do recrutamento do pessoal do templo, designando-lhes seu lugar de residência de acordo com a prescrição da Torá (lCr 6.54-81) e, depois, definiu, por sorteio, as várias obrigações deles no templo e em relação ao templo (lCr 24.5,7,31). O mesmo foi feito para os músicos levitas, cujo ministério também estava associado ao templo. As obrigações, organização e programação deles eram todas determinadas por sorteio (25.8,9). Da mesma forma, os porteiros seguiam os procedimentos determinados por sorteio (26.13,14).
Um uso especial do lançar a sorte estava associado ao Yom Kippur, Dia da Expiação, em que dois bodes, como parte importante do ritual, eram selecionados como oferta de pecado. Um deles seria morto, mas o outro, o bode expiatório, poderia permanecer vivo e garantir a expiação para o povo ao ser levado para o deserto. Esse segundo animal era escolhido por sorteio, não aleatoriamente, ou de acordo com algum critério (Lv 16.7-10). Mas o outro bode também era escolhido dessa maneira. Era "o bode cuja sorte caiu para o SENHOR" (V. 9) e, por isso, devia ser oferecido no altar. No processo, eram usados dois sorteios, não apenas um. Um devia apontar o bode expiatório, e o outro, o bode sacrificial, mas não fica claro de que maneira ou por qual meio isso era feito. O que está claro é que tudo isso era feito sob a orientação de Deus (Lv 16.1,2).
O Urim e Tumim eram semelhantes às sortes recém-descritas, contudo, as diferenças também são dignas de menção.28 Primeiro, a origem, a descrição e até mesmo o sentido dos termos ("luzes" e "retidão"?) estão envolvidos em mistério. Eles são primeiro mencionados em conexão com as vestes do sumo sacerdote, que devia pôr o Urim e Tumim no peitoral de seu mantelete (Êx 28.29,30; cf. Lv 8.8), talvez em algum tipo de bolso ou bolsa. O propósito deles, se não seu modo de funcionamento, é bastante claro: o sumo sacerdote poderia usá-los para extrair revelação do SENHOR, provavelmente de uma maneira binária simples: sim ou não (Nm 27.21). Quando o rei Saul, em desespero, procurou uma revelação do Senhor, "este [Senhor] não lhe respondeu nem por sonhos nem por Urim nem por profetas" (1Sm 28.6). Ou seja, ele não teve uma palavra particular de Deus nem pôde conseguir uma por intermédio de sacerdotes nem de profetas.
O lançar da sorte — incluindo o Urim e Tumim — fornecia revelação infalível quando administrado de forma adequada, mas essa revelação, antes, era obviamente ad hoc e muito ligada a situações especiais e limitadas. Apenas a palavra mediada por intermédio de profetas e, no fim, escrita e canonizada forneceu primeiro para Israel e, depois, para a igreja revelação divina relevante clara e eterna.

Fonte: Eugene Merrill – Teologia do Antigo Testamento.