sábado, 5 de janeiro de 2013

- Adorando no Deserto Lv.19.1,2 -


" Disse o Senhor a Moisés: Fala a toda a congregação dos filhos de Israel e dize-lhes: Santos sereis, porque eu, o Senhor, vosso Deus, sou santo."
Levítico 19.1,2

   Deserto é uma região geográfica com terra seca, sem vegetação e inabitável. "Zona árida, com precipitações atmosféricas irregulares ou escassas, vegetação inexistente ou rara, relevo formado pela alteração de determinadas rochas, e desprovida de habitantes permanentes" (Dicionário Houaiss).

2. Era oferecido por intermédio de oferta santa.
   A oferta por meio dos holocaustos ou sacrifícios foi estabelecida pelo Senhor. Os sacrificios eram a base da santificação. Por meio deles realizava-se a propiciação dos pecados, e três lições eram ensinadas: primeira, o pecado ofendia a Deus e desencadeava a Sua irra e punição - o salário do pecado é a morte; segunda, a ira de Deus era suspensa ou a Sua justiça propiciada, somente através do sacrifício cruento - sem o derramamento de sangue não há remissão de pecado; terceira, todos os sacrificios e ofertas eram tipos do unico sacrificio que tira o pecado e estabelece a nossa comunhão com Deus - o sacrificio de Jesus ( Lv 17.11; Jo 1.29; Hb 9.25,26; 10.5-7,14).
   A exigencia fundamental da oferta de holocausto era que fosse "sem defeito": Se a sua oferta for holocausto de gado, trará macho sem defeito (Lv 1.3). Somente animais domesticos sem nenhum defeito deveriam ser oferecidos. Deus rejeitou o culto com ofertas defeituosas (Ml 1.12-14).
   A adoração cristã fundamenta-se na Nova Aliança (Hb 9.11-14). Jesus Cristo veio. Ele é a base da Nova Aliança. Quais foram as mudanças na adoração?
   - Jesus Cristo é o unico, perfeito e eterno sumo sacerdote de Deus (Hb 5.1-7;7).
   - Jesus Cristo realizou o unico, definitivo, perfeito e eficaz sacrificio para tirar os pecados do Seu povo (Hb 9.11-28). Ele põe fim aos sacrificios da Antiga Aliança.
   - Jesus Cristo é o cumprimento de toda a lei cerimonial. Ele é o tabernáculo (Jo 1.14; 2.19-22), Ele é o Cordeiro de Deus (Hb 10.1-18) e Ele é o novo mediador entre Deus e os homens (1 Tm 2.5).
   Está franqueada ao crente a comunhão com Deus, pelo novo e vivo caminho aberto por Jesus Cristo (Hb 10.19-22). "Portanto, ofereçamos sempre por Ele (Jesus Cristo) a Deus sacrificio de louvor" (Hb 13.15a).

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

- A Agonia no Getsêmani -



"E, posto em agonia, orava mais intensamente. E o seu suor tornou-se em grandes gotas de sangue, que corriam até o chão." ( Lucas 22:44)

Quando o Senhor terminou de comer a Páscoa e celebrar a ceia com seus discípulos, foi com eles no Monte das Oliveiras, e entrou no jardim do Getsêmani. O que o induziu a selecionar esse lugar para que fosse a cena de sua terrível  agonia? Porque haveria de ser arrastado ai por seus inimigos de preferencia a qualquer outro lugar? Por acaso é difícil que entendamos que assim como num jardim a auto-complacência de Adão nos arruinou, também em outro jardim as agonias do segundo Adão deveria nos restaurar? O Getsêmani ministra as medicinas para curar os males que foram a consequência do fruto proibido do Éden. Nenhuma flor que tenha florescido nas ribeiras do rio repartido em quatro braços foi alguma vez tão preciso para nossa raça como foram essas ervas amargas que com dificuldade cresciam as margens do enegrecido e sombrio ribeiro de Cedrom o foram.
Por acaso nosso senhor também não pode se lembrar de Davi, quando naquela memorável ocasião, saiu da cidade escapando de seu filho rebelde, segundo está escrito: "também o rei passou o ribeiro de Cedrom, e passou todo o povo na direção do caminho do deserto." (2 Samuel 15:23), e ele e seu povo subiram descalços e com a cabeça descoberta, chorando em alta voz enquanto subiam? Eis aqui, um maior que Davi abandonando o templo e se acha desolado, e deixa a cidade que havia rejeitado suas advertências, e com um coração cheio de tristeza atravessa o pestilento ribeiro, para buscar na solidão um alivio para suas angustias. Mas ainda,nosso Senhor queria que nós víssemos que nosso pecado havia mudado tudo ao redor Dele em aflição, converteu suas riqueza em pobreza, sua paz em duros trabalhos, sua glória em vergonha, e assim também o lugar de seu retiro pleno de paz, onde em santa devoção tinha estado tão próximo do céu em comunhão com Deus, nosso pecado transformou no foco de sua aflição, o centro de sua dor. Ali onde seu deleite tinha sido maior, ali estava chamado a sofrer sua máxima aflição.

Também pode ser que nosso Senhor tenha escolhido o jardim porque, necessitado de qualquer recordo que o ajudasse no conflito, sentia o refrigério que lhe viria ao lembrar-se das horas passadas transcorridas ali com tanta quietude. Ali tinha orado, e obtido força e consolo. Essas enroladas e retorcidas oliveiras o conheciam muito bem; não havia no jardim uma só folha sobre a que Ele não houvera se ajoelhado. Ele havia consagrado esse lugar para comunhão com Deus. Não é nenhuma surpresa, então, que tenha preferido essa terra privilegiada. Assim como um enfermo escolheria estar em sua própria cama, assim Jesus escolheu suportar sua agonia em seu próprio oratório, onde as lembranças dos momentos de comunhão com seu Pai estariam de maneira vivida diante Dele.

Porem, provavelmente, a principal razão para ir ao Getsêmani foi que era um lugar muito conhecido e frequentado por Ele, e João nos diz:"e também Judas, o que o entregava, conhecia aquele lugar." Nosso senhor não desejava se esconder, não precisava ser perseguido como um ladrão, ou ser buscado por espias. Ele tinha o costume de orar, pois Ele queria ser tomado para sofrer e morrer. Eles não o arrastaram ao pretório de Pilatos contra sua vontade, mas sim que foi com eles voluntariamente. Quando chegou a hora de que fosse traído, ali Ele estava, num lugar onde o traidor poderia o encontrar facilmente, e quando Judas o traiu com o beijo, sua face estava pronta para receber a saudação traidora. O bendito Salvador deleitava-se no cumprimento da vontade do Senhor, ainda que isso implicasse a obediência de morte.

Chegamos assim até a porta do jardim do Getsêmani, portanto, entremos; porem, primeiro, tiremos os sapatos, como Moises quando viu a sarça ardendo com fogo que não se consumia.
Certamente podemos dizer como Jacó: "Que terrível é esse lugar!".


'Parte do sermão de Charles H Spurgeon'

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

- Adorando no deserto Levítico 19.1,2 -


" Disse o Senhor a Moisés: Fala a toda a congregação dos filhos de Israel e dize-lhes: Santos sereis, porque eu, o Senhor, vosso Deus, sou santo."
Levítico 19.1,2

   Israel era o povo da Aliança. Deus revelou a Israel três leis que regulamentariam a aliança. Estas leis são classificadas em Lei Moral, Lei Civil e Lei Cerimonial.
   E uma das ocupações principais do povo de Deus é a adoração. Os primeiros princípios para a adoração a Deus, aparecem na lei moral. O povo adorava no deserto.
   Observe que o livro - Exôdo e Levítico - é o registro de instruções dadas diretamente por Deus a Moisés (Êx 25.9), de dentro do Tabernáculo. Nada no culto a Deus foi copiado das nações pagãs e a marca fundamental do culto a Deus é a SANTIDADE. Seis características do culto santo:

1. Era oferecido ao Deus santo.
   O atributo da santidade de Deus é o principio determinante da adoração. Disse o Senhor a Moisés: Fala a toda a congregação dos filhos de Israel e dize-lhes: Santos sereis, porque eu, o SENHOR, vosso Deus, sou santo (Lv 19.1,2). A santidade de Deus é o atributo que delineia a adoração na Velha Aliança.
   A santidade de Deus pode ser definida como "aquela perfeição de Deus em virtude da qual Ele eternamente determina e mantém a Sua própria excelência moral, aborrece o pecado, e exige pureza de suas criaturas morais" (L. Berkhof).
   No culto cristão, Deus continua sendo o objeto da nossa adoração. O culto precisa ser agradável a Deus. Os sacrifícios feitos no Antigo Testamento, subiam como "aroma agradável a Deus" (Lv. 1.9, 13 e 17). O adjetivo "agradável" também é aplicado no culto do Novo Testamento (Rm 12.1). A idéia de Paulo é que o culto cristão é a oferta da nossa vida como um sacrifício agradável a Deus, semelhante aos sacrifícios do Antigo Testamento.

Viajando pelo Deserto. 13 Estudos bíblicos sobre como enfrentar as dificuldades da vida cristã. 2ª Edição - Maio/2009. SOCEP.

   Vamos continuar vendo até o fim dessa semana, como devemos agir no deserto, adorar a Deus, mesmo sofrendo. Se você começou o ano no deserto, aprenda como se levantar e andar, você só irá sair dele se aprender a caminhar, e, com Deus, tudo ficará melhor.

Feliz ano novo!