quinta-feira, 27 de outubro de 2011

- Série: Colunas do Tabernáculo -

Continuação de "Colunas do Tabernáculo" Abraão, o pai da fé.


Essa história, contudo, num misto de progressos e fracassos, tem uma forma distinta e devemos isto à arte literária da Bíblia; observamos com brevidade como b1 e b4 compartilham referencias do engano  praticado que envolveu Sara (Gn 12.1-13; 20.1).
Durante todo o tempo em que peregrinou  pela terra, Abraão não estava isento das tentações - nem mesmo de recair na mesma tentação. Ainda assim, embora ele demonstrasse falta de fé, o Senhor continuava fiel - "porque não pode negar-se a si mesmo" (2 Tm 2.13) - e trabalhava na solução do problema à sua própria maneira providencial, não somente guardando a semente prometida, mas também usando o erro de Abrão para enriquecê-lo materialmente (Gn 12.16) e confirmá-lo como profeta e intercessor (Gn 20.7,17). As seções intermediárias (b2 e b3) falam do tema da terra: pressionado pelos conflitos ocasionados pela presença de Ló. Abraão estava disposto  a abrir mão do direito sobre parte do que Deu lhe prometera (Gn 13.8,9) - como se ele realmente tivesse competência para dar a Terra Prometida de presente a alguém! Em contraste, quando uma coalizão de reis estabeleceu o que viam como seu direito pela mesma área de terra (Gn 14.1-11), Abrão primeiro agiu resolutamente para invalidar a posse deles (vv 13-16); então, com a mesma atitude resoluta, não contestou quando o rei de Sodoma calmamente declarou possessão sobre o que acabara de perder na batalha, nem aceitou qualquer parte do espólio. Da mesma maneira que a Terra Prometida não pertencia a Abrão, para dá-la a outrem, tampouco era sua para conquistá-la. As promessa de Deus não podem ser barganhadas (Gn 13.8,9), nem herdadas de outra maneira, a não ser no empo de Deus e pela perseverança da fé. Muito pungente, a história da morte de Sara (Gn 23) e da compra do campo de Macpela como local de sepultura fala sobre o mesmo tópico. Era costume da família patriarcal levar seus mortos de volta para casa, a fim de sepultá-los (Gn 50.4,5,25); mas Sara não foi conduzida para Ur ou Itarã (Gn 11.31,32). Foi depositada num sepulcro em Canaã. A caverna, com seu precioso cadáver, era uma declaração muda e poderosa: "Esta terra é nosso lar; esta terra é nossa, conforme o Senhor prometeu".
continua...

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