quinta-feira, 25 de julho de 2013

- Quatro Estágios *Primeira Parte -


2 Reis 2.1 - 14

Primeira Parte:

INTRODUÇÃO:

Na passagem citada encontramos delineados quatro estágios de uma jornada singular que partia de Gilgal, rumava para Betel. Jericó e, enfim, cruzava o rio Jordão. Na época em que Elias iria ser elevado ao céu, Eliseu estava para receber uma porção dobrada do Espírito Santo, esses dois homens de Deus viajavam por um caminho que ligava os quatro locais acima citados. A partir dos aspectos físicos e geográficos, podemos extrair uma lição espiritual muito importante: se quisermos ser elevados ao céu como Elias, ou receber o Espírito Santo como Eliseu, teremos de percorrer estes quatro estágios da vida, conforme nos são tipificados pelos quatro locais visitados durante a viagem.Devemos, também, dar início a uma jornada em Gilgal e percorrer toda a trajetória até atravessar o rio Jordão se almejamos ser arrebatados ou esperamos receber o poder do Espírito Santo.Vejamos o que estes quatro lugares podem representar exatamente.

GILGAL TRATANDO COM A CARNE

A fim de interpretar corretamente o significado de Gilgal, devemos, primeiramente, compreender o princípio da primeira menção contido nas Escrituras Sagradas
A partir de Josué 5.9, descobrimos que Gilgal é um lugar que significa "removido". Ao ler os versículos 2 a 9, compreendemos que a geração dos filhos de Israel que inicialmente saíram do Egito foi toda circuncidada, ao passo que a geração de israelitas que nasceram depois, no deserto, não o foi.Naquela época, esta geração estava entrando em Canaã e, logo, herdaria sua herança. Portanto, a velha carne deveria ser "removida"; o opróbrio do Egito precisava ser lançado fora ou removido para que os filhos de Israel pudessem ter a chance de desfrutar uma nova. Vida, porquanto o significado da circuncisão, conforme nos é revelado no Novo Testamento, indica "despojamento do corpo da carne "(Cl 2.11).Quem verdadeiramente reconhece o que é a carne? Quem entende o que quer dizer tratar com a carne? Quem compreende o que quer dizer o julgamento da carne? Muitas pessoas supõem que a vitória sobre o pecado é a marca da perfeição, mas não sabem que é a carne quem peca!
Segundo as Escrituras, a carne é condenada por Deus. Trata-se de algo do qual Ele se desagrada. A carne é tudo o que temos ao nascer: "O que é nascido da carne é carne" (Jo 3.6). Tudo o que temos, ao nascer, provém da carne,e isso não inclui apenas pecado, imundície e corrupção, mas também bondade, habilidades, zelo,sabedoria e poder naturais.Uma lição bastante difícil de ser aprendida,na vida de um crente, é que ele conheça a própria carne. O cristão deve ser conduzido por todos os tipos de fracassos e privações antes de saber o que sua carne é.O que atrapalha o progresso do crente, tanto na vida quanto na obra, é a carne. Ele não tem consciência de que Deus o convoca a negar a própria carne, imagina que abrir mão dos pecados já é o suficiente e desconhece o mesmo desprazer que Deus sente tanto por suas habilidades, seu zelo e sua sabedoria na obra de Deus quanto por sua própria bondade e por seu poder na vida espiritual. Segundo Deus, precisamos negar, fazer morrer e permitir que passe pelo julgamento tudo o que consideramos bom de acordo com a carne e tudo o que planejamos e organizamos pela carne. O Senhor não confere o menor valor à ajuda da carne, nem na vida nem na obra espirituais. No tempo de Josué, Gilgal era exatamente o lugar onde a carne foi despojada e julgada. Para o crente hodierno, Gilgal simboliza o lugar onde a carne deve ser julgada por meio do entendimento que Deus nos concede. Deus declara que a carne deve ser lançada fora. Assim, concordemos com Ele. Deus afirma que a carne precisa ser circuncidada. Portanto, sejamos circuncidados no coração.

Em nossa jornada espiritual pela vida, devemos, também, partir de Gilgal e negar a carne. Porém, observe, por favor, que isso não especifica o grau de despojamento de alguém, mas simplesmente declara que a carne precisa ser julgada. Um erro freqüente cometido pelas pessoas é procurar zelo e boas obras, mas deixar de negar a carne. No entanto, o mais essencial é julgarmos a carne da mesma forma como Deus a julgou. De acordo com uma. Experiência muito pessoal que tive com o Senhor, a expressão mais elevada devida espiritual não se encontra na regeneração, santificação, perfeição, vitória sobre o pecado ou no poder, mas em negar a carne que é tanto o objetivo quanto o caminho da vida espiritual. Aqueles que não partiram de Gilgal nunca deram início, de fato, à jornada espiritual. Aqueles que não aprenderam a negar a carne não sabem o que é a vida espiritual. Esses indivíduos podem ser zelosos nas boas obras, e é possível que até se sintam felizes ao realizá-las, mas não compreendem a verdadeira vida espiritual.

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